domingo, 16 de maio de 2010

Como a lembrança de um aroma distante, as palavras me chamam para serem rascunhadas.
Assim, o cheiro começa a deixar de ser lembrança e vira rima.

Rima virada. Rima rabiscada.

E o aroma começa a vir a mim, assim como as palavras escrevem nesse papel.
O perfume antes me era doce, me era doce.
Mas agora, me é salgado como minhas proprias lágrimas.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A sua febre me traz calor
e quando está, estou tranquilo
seu desprezo me proporciona dor
tudo só passa se está comigo.

Sua primavera é o meu outono
já que nossas estações sao trocadas
talvez não saiba o quanto e como
mesmo ao seu lado, me sinto um nada.

Fico a espera de um "então",
um "concordo" ou uma proposta boa
e enquanto só me diz não
te entrego minhas palavras a toa.

Tento fazer um jardim
com todas as folhas que no passado caíram
mas ao chegar a primavera
vejo que novamente já sumiram.

Oscilo entre o que sei e o que vejo acontecer
os meus olhos são confusos pois tudo se torna dilema
minha mão amolece e eu pareço adoecer
e é sob estas condições que assino esse poema.




Geovana